domingo, 31 de agosto de 2008

Ode a mim mesma

Não faltasse oportunidade, vontade ou motivo, Não faltassem clamores - internos, pungentes Sobrava-me modéstia Faltava-me ousadia. Agora ocorre que venho e canto, E rendo-me em homenagens a mim A mim mesma, mui merecedora de honrarias Que tem? Que tem que eu sou mesmo é porreta, [como bem se diz pelas bocas de minha terra] E por não saber-me, Ainda não o tinha dito. Oras, oras, se não é o título que já diz tudo? Se não é a mim, e somente a mim que venho cantar? Com palavras de amor me presenteio E não custo a encher-me de grande orgulho, Afastando as feições de “que é isso, são teus bons olhos” sorrindo largo em satisfação. Agora sim, me faço justiça, E conto o amor, que em mim, Hoje é mais que canção. [para mim, pra você, pra nós... nós mulheres, que por vezes esquecemos o quanto somos importantes]